Pesquisador afirma que Copa e festas de fim de ano devem piorar cenário da pandemia

 

Pesquisador afirma que Copa e festas de fim de ano devem piorar cenário da pandemia

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, monitoramento de casos de SRAG da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirma que a Copa e as festividades do fim de ano devem piorar o cenário da pandemia. Segundo o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a corrida aos shopping para a compra dos presentes de Natal, as confraternizações de dezembro e as férias, podem desencadear uma nova onda.
“Quanto tempo vai durar, é incerto. Depende de como a população vai se comportar. É um momento muito bom para os vírus de transmissão respiratória, como o coronavírus, porque a gente se expõe muito mais e participa de ambientes mais propensos à transmissão”, afirma Gomes.


No entanto, o virologista Felipe Naveca, coordenador do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados da Fiocruz Amazônia, não acredita que o mesmo ocorra com a curva de óbitos, já que as vacinas estão disponíveis.  “Na maioria dos casos, os que estão ficando doentes (gravemente) são não vacinados ou idosos e pessoas imunocomprometidas, que têm naturalmente uma resposta imunológica pior”, afirma Naveca. “No Amazonas, 87% dos pacientes com a forma grave da doença são ou não vacinados, ou estão devendo alguma dose de reforço”, pontua.

Mais uma vez, os brasileiros se deparam com um final de ano marcado pela alta de casos de Covid-19. Foi assim em 2020, com o surgimento da variante Gama no Amazonas, e em 2021, com a Ômicron levando a um pico da curva epidemiológica em janeiro do ano seguinte. Desta vez, as cepas BQ.1 e BE.9, sublinhagens da Ômicron, destacam-se das demais e devem ser as responsáveis por mais casos da infecção.
O último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quarta-feira (23/11), mostra o aumento da Covid-19 entre os diagnósticos positivos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nas últimas seis semanas, 14 estados e o Distrito Federal registraram alta de casos graves.

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