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Embaixada do Brasil na Ucrânia recomenda que brasileiros não saiam de casa e que aguardem novas instruções
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Na madrugada desta quinta-feira (24), a Rússia bombardeou a Ucrânia deixando mortos.
A Embaixada do Brasil no país se pronunciou e pediu que os brasileiros que moram em Kiev fiquem em suas casas por conta dos grandes engarrafamentos nas saídas da cidade.
Já em relação aos brasileiros que podem, por meios próprios, se deslocar para outros países ao oeste da Ucrânia, a recomendação é que o façam o mais breve possível.
“Aos brasileiros que não puderem deixar o país de modo seguro, a embaixada orienta a procurar um local seguro para o momento, longe de bases militares, instalações responsáveis pelo fornecimento de energia e internet e áreas responsáveis pela produção de energia elétrica”, diz a orientação da Embaixada.
O Ministério da Infraestrutura da Ucrânia anunciou o fechamento do espaço aéreo do país "por causa do alto risco de segurança".
Já o Ministério da Defesa da Rússia garante ter destruído a capacidade de defesa antiaérea da Ucrânia e negou que seus militares estivessem realizando ataques contra cidades ucranianas. No entanto, diversas imagens circulam na internet de explosões e movimentações de tanques em várias cidades no país.
Entenda o conflito
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e, nesta semana, se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão nesta quinta-feira (24).
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