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A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) é conhecida como a Casa do Legislativo estadual, mas agora também será a casa de Deus. Quem adentrar o plenário de votações poderá ver um “pedaço do céu”. O local vai ganhar uma estátua do Criador. Tudo porque o deputado estadual Sargento Isidório (Avante) conseguiu o “amém” dos colegas da Mesa Diretora e aprovou um projeto de resolução para instalar no plenário um monumento ao “Deus de Israel, o Deus vivo” (relembre o projeto aqui). Com isso, ele que também é pastor, espera que os deputados possam receber a “bênção de Deus” enquanto cumprem suas atividades parlamentares. Em entrevista ao Bahia Notícias, Isidório disse que a decisão da Mesa foi tomada por “homens cristãos” e rechaçou a possibilidade de que a presença do Deus de Israel fira o princípio da laicidade do Estado, pelo qual uma nação não possui religião oficial. De acordo com ele, vários espaços públicos da capital baiana possuem monumentos que simbolizam variadas crenças. “Onde está a laicidade desse estado? Só o senhor chegar no Centro de Convenções, quando entra lá, vai ver que um auditório é de Oxum. Na Assembleia, você vê que tem um crucifixo do Senhor do Bonfim. O senhor chega em prefeitura e encontra um monte de imagens, em cartórios, cheio de orixás, santos. Por que ali não pode ter também uma Bíblia, um símbolo do Deus de Israel?”, questionou. Crítica da medida, a deputada Luiza Maia (PT) afirmou que não se pode confundir política e religião e acusou Isidório de tentar se “sobrepor” à Constituição, que estabelece o estado laico no Brasil. “Eu acho isso um absurdo. A religião é atitude individual. Não vejo sentido uma coisa dessa [a estátua]. Temos no Legislativo uma política dominada por parcela de evangélicos, que confunde as coisas”, bradou. Ela ainda relembrou episódios em que o colega utilizou motivações religiosas na discussão de pautas da AL-BA. Um deles foi a ocasião na qual o deputado foi um dos mais ferrenhos opositores à inclusão de questões de gênero e sexualidade nas diretrizes do Plano Estadual de Educação. “Isidório tem esse comportamento de achar que a religião dele é quem manda. Além desse comportamento, tem posturas machistas e homofóbicas. Ninguém pode impor sua religião, sua ideologia para ninguém”, criticou.
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