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A FATRES vai executar o serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para a promoção da sustentabilidade das unidades produtivas familiares do Território do Sisal. A ação faz parte do projeto da Chamada Pública de ATER do Governo do Estado da Bahia, através da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (BAHIATER), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) com finalidade de atender agricultores/as nos territórios de identidade da Bahia.
No território do Sisal a Fatres foi contemplada com dois lotes: lote 30 que contempla os municípios de Nordestina, Queimadas e Santaluz, e 31, que contempla os municípios de Monte Santo, Cansanção e Itiúba. Cada lote irá atender 720 agricultores, no total 1.440 famílias serão atendidas com ATER. Para atender a demanda do projeto a equipe técnica passou por um processo de capacitação realizado de 22 a 26 de fevereiro. A formação aconteceu no auditório da Fatres em Valente e contou com a participação de aproximadamente 40 pessoas entre coordenadores do projeto, diretoria da fundação e equipe administrativa com o objetivo de conhecer o processo organizativo da Fatres e a metodologia de trabalho. “O nosso principal foco na capacitação é a formação humana, pautado nos princípios que a Fatres defende, nossa equipe é formada por pessoas próximas ao trabalho no campo isso já é um grande diferencial tendo em vista a função social de trabalho que defendemos”. Destacou o coordenador de projetos da Fatres, Ernesto Gomes.
Como parte integrada a capacitação, a equipe participou de um intercâmbio de experiência em uma propriedade rural no distrito de Barreiros, no município de Riachão do Jacuípe. A visita proporcionou a equipe conhecer melhor o clima semiárido e sua capacidade de produção a partir da experiência apresentada pelo proprietário, Eduardo Emídio.
A unidade de produção é mantida pela família com base na produção agroecológica e para torná-la sustentável, o agricultor diversifica a produção e produz de maneira sustentável sem agredir o meio ambiente. “Nós trabalhamos com caprino de leite e de corte, bovino de leite, ovino de corte, fruticultura, horticultura, galinha caipira e temos diversas experiências com tecnologias de convivência com o semiárido”, afirmou Eduardo.
A diversidade de produção é uma forma estratégica adaptada pelo agricultor para sobressair aos períodos de baixa produção, “se nós tivermos um foco apenas em uma escala de produção com certeza não conseguiríamos sobreviver apenas da agricultura familiar, porque tem períodos que produzimos mais, se num determinado período me falta o leite para comercializar ou produzir os derivados, eu posso ter outra opção de produção e assim eu nunca saio do campo” destacou.
Além do intercâmbio a formação foi composta por oficinas sobre ATER Identidade e Estrurura Organizacional e Comunicação. “Nós tivemos um momento muito rico, onde todos tiveram a oportunidade de conhecer e reconhecer a importância do trabalho da Fatres, da Assistência Técnica e principalmente da responsabilidade com os agricultores e agricultoras familiares que serão beneficiários do projeto”, avaliou a agente de ATER, Patrícia Santiago.
A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) executada pela Fatres neste projeto terá duração de 03 anos e o diferencial é levar título de terra para as famílias beneficiárias e inseri-las no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (CEFIR), sem o cadastro o agricultor/a ficará impossibilitado de acessar o crédito rural a exemplo do Pronaf. Visando o acompanhamento das ações, a Fatres realizará periodicamente o monitoramento das atividades incorporando capacitações.
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